domingo, 8 de agosto de 2010

Como Escrever

Oi. Eu não vou me apresentar porque você sabe quem eu sou.

Mas não sabe o meu atual estado.

Não, não, não, amigo! Eu não estou morto e mandando um mensagem do além túmulo. Um dia eu farei isso, mas esse dia não chegou (ainda). Eu estou cansado, com sono, com dor-de-barriga, enfim: quase-morto! E te digo uma coisa: eu estou no humor perfeito para escrever.

Porém, eu estou no presente momento em Canela. O que me lembra Natal. O que me lembra presentes. O que me lembra solidariedade. Logo, eu me empenhei muito e, com todas e cada fibra minha, até a exaustão total de meu corpo (a ponto de exauri-lo de forças), eu... catei no google algumas dicas de escritores famosos sobre como escrever. Aqui vão as mais interessantes:


1. Encare o computador/caderno/máquina-de-escrever até sua cabeça sangrar.

Essa é a fabulosa dica de Ernest Hemingway, autor de grandes livros como O Velho e o Mar (o único livro que teu pai leu na vida e ele quer porque quer que você leia) e Por Quem os Sinos Dobram (que rendeu uma excelente música do Metallica).

A real é que se você se concentrar e deixar a criatividade fluir, logo, logo terá alguma boa (ou quase boa) ideia para escrever. Funciona, acreditem.

Obs: Não se esforcem a ponto de terem um aneurisma.


2. Se puder apagar sem comprometer o sentido da frase, apague!

Sabe aquela palavrinha inútil que você só pôs pra encher linhas e completar logo as 25 linhas da redação que a sua professora gorda de português/redação insiste em usar pra te avaliar? Poisé, essa regra não se aplica a contos, crônicas e postagens na internet.

A dica vem de George Orwell, o cara que escreveu 1984 e A Revolução dos Bichos.

Note que a maioria das palavras "deletáveis" são advérbios. É claro que você pode usar advérbios, mas não abuse.

Ao invés de escrever: "Velozmente dirigiu-se ao quarto", procure escrever: "Correu para o quarto".


3. Seja você mesmo seu próprio leitor.

Segundo Neil Gaiman, autor de The Sandman, uma das coisas mais importantes é apreciar sua própria obra e ter confiança no que escreve. Leia seu texto como se o lesse pela primeira vez. Ria de suas próprias piadas.

E principalmente: o critique!


4. Se for fazer pesquisa de opinião, faça com quem você sabe que seu texto agradaria.

Mais uma dica do bom Gaiman.

Mostrar seu texto para amigos é uma coisa boa. Mas mostre apenas para aqueles que têm um gosto literário parecido com o seu. Além de serem mais honestos, eles vão saber julgar.

Mas cuidado, segundo o próprio Neil Gaiman, as pessoas lhe dirão que "parece que tem alguma coisa errada". Nesses casos geralmente tem alguma coisa errada, sim. Agora, se a disse exatamente o que está errado, a pessoa está querendo transformar seu texto em algo que ela costuma ler. Nesse caso, ignore o que ela acha ou apenas leve em consideração.


5. Não escreva por que você "tem" que escrever.

Não se sinta obrigado a escrever. Se você quer escrever e não consegue, siga a primeira dica.

Não se algeme à responsabilidade de escrever. E escreva sem estar sobre pressão. Escreva por que gosta. Algumas pessoas simplesmente gostam tanto de escrever que isso vira uma necessidade, o que pode muito bem ser uma coisa boa. O treino leva a perfeição.

Disse Isaac Asimov: "Eu escrevo pelo mesmo motivo que respiro - porque se não o fizesse, eu morreria."

Bom, eu acho que algumas pessoas levam isso a sério demais.


Enfim, era isso. Agora o sono me vence e eu preciso dormir no primeiro canto que eu achar. Espero ter ajudado a algum aspirante a escritor, como eu.

Um comentário:

  1. Perguntaram ao Asimov o que ele faria caso soubesse que iria morrer. A resposta foi simples: "Type faster".

    Sou fã dele por essa e por outras, hehehe.

    A moral é achar o seu estilo e ser feliz. Para achar o estilo é só ler muito e escrever muito; o modo mais agradável que achar para escrever é o seu estilo.

    Abraço!

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