sábado, 29 de janeiro de 2011

Eu odeio... o Che

Alguns seres humanos têm uma qualidade única que muitos chamam de "capacidade de reconhecer valores".

Óbvio que nem todos possuem essa habilidade. São raríssimas as pessoas que sabem por na balança, sabem o que perdoar, sabem medir os atos bons e os ruins.

Eu provavelmente não sou uma dessas pessoas.

Por isso já digo de cara: "eu odeio... tal coisa". O meu ódio não é um ódio vil e repugnante, é um ódio no estilo de "preferir não pensar". Um ódio com sentido de indiferença.

Eu odeio, por exemplo, o Che.

Pros capitalistas de plantão, Che era um vilão. Ser vil e comunista (ambos são sinônimos, certo amiguinhos capitalistas?) que passava o tempo todo fumando um charuto cubano com seu amigo de fé, o Fidel Castro, Fidelito para os íntimos.

Pros comunistas de plantão, Che era um herói. Lutou pela causa comunista, pela igualdade, tanto com palavras, com dizeres, quanto com armas. Realizou uma das últimas parte da Revolução Vermelha, a Revolução Cubana, e deixou os Estados Unidos de saia justa no meio de uma guerra fria.

Pra mim, Che era um homem. Não se pode transformar pessoas em heróis nem vilões quando o assunto é história. Che foi um pensador, um homem que sabia pra que havia vindo ao mundo. Ele é um símbolo, não apenas da causa comunista, mas da causa ideal. Viveu (e morreu) por ideais, se ateve a suas convicções.

Gostaria que os capitalistas não esquecessem o homem que Che era. Nem que os comunistas esqueçam a tentativa frustrada de exportação da revolução de Che, que mostra que Che era contra a liberdade individual sem falar que era racista. Não lembra dessa última? Che tentou pregar o modelo da revolução cubana no Congo, e participou de um plano para assassinar o líder do movimento libertário do Congo com sua própria tropa de mercenários brancos, porque não queria usar as forças pró-comunistas locais.

Mas era Guerra Fria. Esqueça isso. Siga a diante.

O mundo, pelo menos, seguiu.

Um comentário:

  1. Eu não odeio quase nada, eu só "tendo a" não respeitar alguém que é fanáticos por determinadas coisas. O que, por outro ponto de vista, pode significar que eu odeio essas coisas.

    Por exemplo, odeio o Che e o Bob marley. Porra, zero vírgula nada por cento das pessoas sabem mais do que o nome deles, e repetem suas frases como se ambos fossem gênios, enquanto que gênios de verdade são deixados de lado.
    Por puro preconceito, tenho quase certeza que o Bob era um grandessíssimo ignorante que só fumava, por exemplo. Os outros pensm o contrário, mas também não estão baseados em fundamentos sólidos.

    Não gosto de quem deusifica também o Einstein, o Da Vinci ou o Nietzsche. E isso que eu sou muuuuito fã dos 3. Mas todos, praticametne, que eu vejo citando-os o fazem de forma errada, usando as frases com sentido totalmente distorcido do original. E acham que estão abalando.

    Mas enfim, fim do momento revolta, hehehe.

    Abraço, xará!

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