quinta-feira, 6 de maio de 2010

A Casa de Cartas

Nós não vivemos muito tempo. De fato, tenho 17, quase 18 anos e não vi muita coisa passar.

Durante todos os segundos, minutos, horas e dias da nossa vida nós montamos um castelo.

Um castelo com muralhas altas e fortes. Capazes de repelir todas as investidas e ataques inimigos. O castelo é uma imensa fortaleza, um porto-seguro para nós mesmos. Um lugar para onde podemos viajar quando quisermos. E lá é bom. Lá é seguro.

Lá é o melhor lugar do mundo! Todo mundo te compreende, já que não existe ninguém lá além de ti. É um lugar feliz e alegre, já que foi tu mesmo que construiu.

Mas ele foi feito com teus pensamentos, tuas ideias e expectativas.

No momento que alguém te mostra a realidade, ele desaba.

Não existe pote-de-ouro no fim do arco-íris. E só quem é tolo o suficiente para perseguí-lo descobre isso.

E no fim, as estruturas, os pilares, todos abalados, cedem. Cedem ao impacto que aquilo tudo tem em ti e, vagarosamente, o castelo desaba.

E você percebe que nunca foi um castelo. Era uma casa de cartas.

E quando uma foi retirada, a estrutura toda foi comprometida.

Um comentário:

  1. Bom mesmo é ser esquizofrênico e não ser atingido pelas verdades que nos dizem e botam o nosso castelo abaixo.

    (sim, esquizofrênicos sofrem, mas ainda assim a realidade não os atingem...)

    A moral é construir uma fortaleza baseada em conceitos fortes e verdadeiros. Um castelo de cartas só seria bem vindo DENTRO deste outro castelo mais forte. Lá ninguém tem nada a ver com o pato e não vai ter ninguém pra fazer vento e derrubar a tua felicidade irracional.

    Abraço!

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