sexta-feira, 21 de maio de 2010

Surreal

E depois de vários devaneios durante esta noite, muitos provindos do blog do meu xará (pra quem quiser conferir, é: http://sequelasdopensamento.blogspot.com/ ), vim a me perguntar: o que é real?

Antes do leitor perguntar se estou drogado, devo dizer que estou meio extasiado, hoje, por motivos que eu nem sei. Sem falar que estou sobre o forte encanto do sono (eu ia dizer: "sobre o forte encanto de Morpheus", mas isso seria simplesmente estranho).

Enfim, voltando ao tema: real. No sentido de existir, não no sentido de grana.

Segundo o dicionário:

Re-al: adj. Que tem existência verdadeira, e não imaginária: a vida real. Relativo ou pertecente ao rei ou à realeza: dignidade real, palácio real. S.m. Antiga moeda portuguesa e brasileira. Aquilo que existe efetivamente, que não é fictício; realidade. Unidade do sistema monetário brasileiro, que entrou em vigor em julho de 1994. (Símb.: R$).

Sem comentários com relação ao sistema monetário. Enfim, pela prória definição de "real" é possível dizer que Deus não é real, mas eu não estou me sentindo radical hoje. Dessa forma, apresento a vocês um contra-argumento.

SIM! Você me verá dizendo que Deus é real!

Indo além do significado do dicionário e indo pro significado filosófico, aquele que toca a natureza enigmática(e enlouquecedora!) da palavra "real". Real seria tudo aquilo em que um indivíduo acredita. Dessa mesma forma, pode-se considerar real o modo como a pessoa vê outras e o mundo ao seu redor. Sendo assim, pode-se considerar Deus real.

Um exemplo: Deus é real para um crente. O amante é fiel para quem ama. Essas duas coisas podem muito bem não ser reais e ainda assim são consideradas verídicas por quem tem fé.

Resumindo: tudo o que, para você, existe é real até que se prove o contrário.

Resumindo o resumo: acredite no que quiser que não deixará de ser verdade.

Resumindo o resumo do resumo: acredite no que quiser!


E quanto a Deus: que fique claro que eu ainda sou ateu. Deus é um assunto que não pretendo debater no "real", talvez na "existência".

Um comentário:

  1. O real para cada um é isso aí mesmo: o que ele sente, o que ele vê/ouve/come, o que ele acredita que sente/vê/ouve/come. Fundamentalismo é quando um muçulmano se explode para mostrar que o real dele é melhor que o dos porcos capitalistas do inferno. (existem variantes mais brandas, como também muçulmanos gente fina)

    A discussão fudida mesmo é o que é absolutamente "real". O que é real indiferente de quem está sentindo/vendo/ouvindo/comendo o que for. Eu sou da opinião de que as coisas existem, o que muda é o valor que damos para as coisas; opinião que, aparentemente, não é a dos religiosos, para quem as coisas já existem tendo um valor absoluto, antes de sequer a gente comer elas (rs).

    Eeee, fiz um comentário de verdade! hehehe

    Dá uma olhada no blog do tradutor do guia, ele escreveu sobre isso/nada a ver com isso:
    http://www.doppelganger.com.br/improbabilidades/2009/11/18/o-segredo-do-segredo.html#entry5843799

    Abraço!

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